Ontem assisti aos últimos momentos do Saddam. E me fizeram uma pergunta:
Como é que é? Os sunitas não acreditam em Maomé e os xiitas sim?
Tentei explicar que ambos acreditavam no mesmo Deus e ali, a divergência não era, pelo menos teologicamente, religiosa.
Contei um pouco da história da região (Thanks Wikipedia), desde da ocupação pelos otomanos até os ingleses no século XIX e XX.
Dando asas ao pensamento começei a ver uma diferença entre o Deus do Velho e o do Novo Testamento. O Deus do velho testamento é orgulhoso, violento e vingativo. Não pensou duas vezes em acabar com povos inteiros, desde Noé até Sodoma e Gomorra. A sua espada era mais poderosa que o seu amor.
Já o Deus que Jesus pregou é misericordioso. Tem o dom maior do Perdão e no Amor sua maior dádiva. Palavras que foram propagadas aos quatro ventos e mudaram a história do mundo em boa parte dele mas, os homens corromperam suas doutrinas em seu próprio benefício. O "filho do Rei" entrou em Jerusalém montado em um jumento, símbolo da humildade. Já as igrejas construídas para louvá-lo são símbolos de ostentação e poder.
E a capacidade de perdoar, foi sendo esquecida. O dom de amar, utilizado erradamente e a humildade jamais exercida. Fazemos da soberba nossa prática diária e raramente reconhecemos no outro um semelhante, a não ser que isso nos interesse.
E o Saddam? Aonde entra tudo isso? Devíamos perdoá-lo?
Não sei, mas nesta hora falou o Deus do Velho Testamento, que parece que deu procuração aos homens para agir em seu nome.
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