quinta-feira, setembro 13, 2007

Toda unanimidade é burra. Será?

Estou de ressaca. Moral. Eu já sabia mas, mesmo assim, foi demais. Senão bastasse o sentimento de indignação generalizado, o Canalha ainda se sentiu no diretio de pisotear. Tentei mudar o ponto de vista. Nada, pois ele ainda continuou Canalha, pois sequer ao menos teve dignidade de enfrentar a suposta inverdade sem se proteger atrás da função. Desde então observo que a ressaca moral é unânime, mas nem mesmo as imprecações do honorável Arnaldo Jabor de hoje, ou a sempre pertinente charge do Maurício Ricardo que ilustra esse post, servirão para apaziguar nosso sentimento de fúria.

Na verdade, ontem a noite ouvindo o Francis Hime me dei conta. Durante a ditadura, bem ou mal, tínhamos, apesar de toda a censura, os menestréis que trasformavam nossa indignação em música como se para apaziguar nossas mentes e corações. Agora me pergunto: Aonde estão eles? Aqueles que outrora cantavam se emudeceram? Se renderam ao silêncio comprado a peso de ouro como paga pelos seus serviços no passado? E os novos menéstreis aonde estão? Ou será que a situação é tão negra assim que o tema os afugenta? Tem medo de correrem o risco de não serem mais convidados a cantar em campanhas miliardárias?

Na verdade não somos um país de tolos como citei no post de alguns dias atrás. Somos um País de Frouxos.


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